segunda-feira, 28 de julho de 2014

NOVAS PESQUISAS NO PARQUE HISTÓRICO DAS MISSÕES.

IPHAN vai iniciar novas pesquisas arqueológicas no Parque Histórico das Missões
28 de Julho de 2014
 
Lançamento será em agosto no município de São Miguel das Missões e contará com representantes do Instituto, governo do Estado, Ministérios da Cultura, das Relações Exteriores e Unesco
No próximo dia 18 de agosto, em São Miguel das Missões, será lançado oficialmente um projeto de cooperação técnica entre o governo brasileiro e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). No valor de 3 milhões e 763 mil reais, e com duração de 3 anos, o objetivo é o desenvolvimento de novas pesquisas arqueológicas no Parque Histórico Nacional das Missões. No encontro, que vai acontecer no Tenondé Park Hotel, também será instalada a Coordenação Nacional do Projeto; debatidas as priorizações das ações a serem executadas, e iniciado o trabalho da Unesco de orientação aos profissionais que vão atuar no Programa de Apoio à Projetos Institucionais com a participação de recém-doutores (Prodoc).
Pelo programa do IPHAN, além do lançamento, estão previstas reuniões técnicas até o dia 22 de agosto e visitas aos quatro sítios arqueológicos que compõem o Parque Histórico Nacional das Missões, criado em 7 de maio de 2009 por meio do decreto nº 6.843. O Parque é constituído pelas áreas dos sítios arqueológicos missioneiros de São Miguel Arcanjo, localizado em São Miguel das Missões; de São Lourenço Mártir, no município de São Luiz Gonzaga; de São Nicolau; e o sítio de São João Batista, situado em Entre-Ijuís.

Lançamento oficial do Projeto
Denominado Valorização da Paisagem Cultural e do Parque Histórico Nacional das Missões Jesuíticas dos Guaranis, o projeto será lançado oficialmente no dia 18 de agosto, às 19 horas, pela presidente do IPHAN, Jurema Machado em uma cerimônia que contará com a presença de autoridades nacionais, estaduais, prefeitos dos 26 municípios que integram a Associação dos Municípios das Missões (AMM), do Detur/Funmissões, do Instituto Andaluz de Patrimônio Histórico, do Instituto Iguassu Misiones e da Associação dos Amigos das Missões e Universidade Regional Integrada/Campus Santo Ângelo. A apresentação geral ficará a cargo do assessor de Relações Internacionais da presidência do IPHAN, Marcelo Brito e do superintendente do Instituto no Rio Grande do Sul, Eduardo Hahn.
Os detalhes foram acertados no dia 22 de julho, entre técnicos do Instituto e representantes missioneiros durante reunião que ocorreu na sede estadual da entidade, em Porto Alegre. De Brasília, participou, por meio de videoconferência, o assessor de Relações Internacionais do IPHAN, Marcelo Brito. Representando a diretoria do Departamento de Turismo (Detur/Funmissões), estiveram presentes as secretárias de Turismo de São Luiz Gonzaga, Sandra Ferreira, de São Nicolau, Ana Paula Alvarenga, de São Miguel das Missões, Izabel Ribas e o presidente do Instituto Iguassu Misiones, Marconi Flach. Participaram também o superintendente estadual do Instituto, Eduardo Hahn, a arquiteta Ana Luisa Seixas e a chefe do escritório do IPHAN nas Missões, Adriana Almeida. No encontro, os integrantes missioneiros fizeram uma explanação sobre a representatividade do Iguassu Misiones; os atrativos turísticos que compreendem a Rota Missões; ações em andamento para fomentar o setor, como a revitalização do espetáculo Som e Luz que recebe em média 50 mil turistas/ano.
A diretora do Departamento de Turismo e prefeita de Sete de Setembro, Rosane Grabia, animada com a notícia do início de novas etapas de pesquisas arqueológicas no Parque evidenciou a importância do fato para a expansão do turismo nos 26 municípios que compreendem a AMM. “Este projeto do IPHAN, com certeza, vai valorizar ainda mais a região como uma rota turística obrigatória tanto para o turismo religioso quanto para as visitações com as novas descobertas arqueológicas que poderão ser reveladas nestes três anos de trabalho da equipe técnica. Além disso, sempre é bom lembrar que as Ruínas de São Miguel são o único Patrimônio da Humanidade localizado no sul do país”, acrescentou a prefeita setembrense, explicando que logo a comunidade missioneira vai começar a perceber os resultados positivos de todo o esforço em equipe, que está sendo feito para ampliar as ofertas aos turistas que chegam na região.

A cultura gaúcha começa nas Missões
Na avaliação da turismóloga e diretora do setor de Turismo de São Luiz Gonzaga, Sandra Ferreira, as novas pesquisas que serão realizadas por equipes designadas pelo IPHAN também permitirão mais informação para a população. “Com maior conhecimento sobre os fatos que aconteceram no período missional poderemos criar novas ações dentro do turismo”, salientou Sandra Ferreira destacando que a cultura gaúcha começa nas Missões. “Aqui temos o principal produto cultural e religioso do Estado, e, mesmo assim, não há investimentos do governo estadual num destino que é o primeiro da história cultural do Rio Grande do Sul”, lamentou, evidenciando que a base da cultura gaúcha está nas Missões. Outro grande diferencial turístico missioneiro que será melhor explorado é a diversidade cultural, pois a região foi colonizada por diferentes etnias como polonesa, alemã, italiana que ainda conservam vivas suas tradições e costumes.

Reconhecimento do turismo missioneiro
Para a secretária de Turismo, Desenvolvimento e Cultura de São Miguel das Missões, Izabel Cristina Ribas a região, pelo trabalho conjunto que vem sendo desenvolvido, está caminhando firme para uma renovação de propostas de modernização e ampliação do setor. “Todos os projetos que estão sendo consolidados mostram que, cada vez mais, precisamos atuar unidos. Somente desta forma conseguiremos avançar na nossa capacidade de receber turistas e promover o turismo missioneiro”, ressaltou a secretária.

Izabel Ribas disse ainda que o Departamento de Turismo está realizando um importante trabalho na busca de novas iniciativas para atrair mais turistas. “Esta oportunidade que o IPHAN nos oferece com os trabalhos de pesquisa no Parque Histórico, vem ao encontro do grande sonho de todos nós, que é promover, em conjunto, a região das Missões”, ressaltou, com entusiasmo, a secretária de Turismo de São Miguel.
Comprometimento da região
A secretária de Turismo de São Nicolau, Ana Paula Alvarenga disse que outros projetos estão sendo negociados para divulgar, ainda mais, as potencialidades turísticas da região. Estão sendo trabalhadas questões como melhor sinalização para os turistas; elaboração de folder regional, um site funcional; eventos; marketing e divulgação.
E para fortalecer ainda mais o turismo não pode faltar mobilização por uma melhor infraestrutura logística. Entre elas estão a revitalização do aeroporto de Santo Ângelo e a construção da ponte internacional Porto Xavier/San Javier. “Todas estas ações vêm sendo reivindicadas há anos, mas, atualmente, temos um grupo comprometido, unido e vivemos um momento de oxigenação no turismo. Detur, prefeitos da AMM, empresários, entidades de diversos segmentos, comunidades, toda a região está envolvida nesta luta”, garantiu Ana Paula.

Importância de um Parque Histórico Nacional
Considerado patrimônio da comunidade, Parque Nacional Histórico é uma das categorias de unidades de conservação de áreas protegidas existentes no Brasil. Tem como objetivo proteger os recursos naturais e culturais de uma área, preservando desde a fauna, flora até os sítios arqueológicos. São permitidas visitação pública, lazer, pesquisa e educação ambiental nestes locais. De acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o projeto tem como missão: 1) viabilizar um maior conhecimento da paisagem cultural das Missões Jesuíticas Guarani; 2) fornecer subsídios para o desenvolvimento dos instrumentos de gestão que auxiliem o Parque Histórico Nacional das Missões; 3) buscar, sobretudo, preconizar seu valor como Patrimônio Nacional e da Humanidade, por meio da promoção de sua diversidade sociocultural e ambiental, assim como de seu potencial como ferramenta indutora do desenvolvimento regional.

Valorização das paisagens culturais
O IPHAN, que liberou os recursos e será o executor do projeto, enfatiza ainda que o trabalho é fundamental para novas descobertas, pois o território das Missões Jesuíticas dos Guaranis no Brasil possui uma paisagem cultural de altos valores patrimoniais e ambientais, abrangendo 26 municípios. Diz a proposta que as transformações ocorridas nesses sítios missioneiros, ao longo de mais de dois séculos, apresentam nos dias atuais situações distintas que podem ser caracterizadas desde aquelas onde se encontram estruturas expressivas, vestígios arqueológicos dispersos, até sítios sobre os quais se desenvolveram novas cidades.

 
Site AMM
Por Karin Schmidt
Fonte: Assessoria de imprensa

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