Passo Fundo disputa unidade da UFFS
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26.05.2012
Instalação de instituição federal é estratégica para o município na formação de profissionais voltados ao atendimento básico de saúde, além democratizar acesso ao curso mais concorrido do país
Créditos :Divulgação
Amanda SchArr/ON
As principais forças políticas de Passo Fundo, aliadas a lideranças regionais, estão mobilizadas para a instalação de uma unidade da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFSS) no município, com a ideia de criar um Centro Avançado de Ciências da Saúde. Uma demonstração do empenho foi dada esta semana quando uma comitiva se dirigiu a Brasília para duas audiências junto aos Ministérios da Educação e da Saúde. Para entender qual a relevância da movimentação e conhecer a instituição de ensino que pode trazer ao norte do estado o primeiro curso público de Medicina, ON entrevistou alguns dos protagonistas envolvidos no pleito.Em 2006 foi iniciada a busca por uma universidade pública federal que viesse a atender demandas do interior dos três estados do Sul do país. Aliado a outros municípios Passo Fundo participou do processo, e trabalhou em prol da instalação mesmo não sendo contemplado diretamente. Em 2008, o Governo Federal decidiu criar a universidade, definindo Chapecó (SC) como sede. O Rio Grande do Sul foi contemplado com dois campi, em Erechim e Cerro Largo. Passados mais dois anos, em 2010, a UFFS teve suas primeiras turmas. Desde a fundação, a instituição tinha a expectativa de ampliar o número de unidades o que foi confirmado recentemente. Como terceiro polo de saúde entre os estados do sul, atrás apenas de Porto Alegre e da Capital paranaense, Passo Fundo se colocou com afinco na disputa pelos novos campi. “Já temos uma estrutura de referência para a região sul”, comentou o prefeito Airton Dipp ao avaliar que o município atende a demanda não só da região, mas também do interior de SC e do PR. Como aporte, o Município está disposto a oferecer a estrutura necessária para o início da implantação do curso. “Poderemos em uma primeira fase alugarmos dependências para as aulas e os três hospitais, São Vicente de Paulo (HSVP), da Cidade (HC) e mesmo o Municipal (HMCS), podem ser parceiros”, afirmou. Em caso de instalação, a prefeitura estuda também a doação de uma área para a construção da unidade.Dipp destaca que a metade Norte do Rio Grande do Sul não conta com uma instituição pública de ensino voltada para o setor de saúde, um fator que pode ser favorável na avaliação dos ministérios. O prefeito também frisou que não existe qualquer incompatibilidade entre a abertura de um campus da UFFS e a o curso de medicina já existente. “Seria uma incoerência das lideranças do município não buscar um campus que vem a favorecer inclusive economicamente”, disse. Atualmente o HC e o HSVP servem como hospitais escola da Universidade de Passo Fundo, o que não seria empecilho para que alunos da instituição pública também usufruam da estrutura. “Os ministros querem que aumente o número de residentes nos hospitais”, afirmou. Ainda de acordo com o chefe do Executivo, existe uma expectativa muito forte de que Passo Fundo seja contemplado e haveria condições para instalação imediata de uma unidade. Fragilidades na área da saúde forçaram o Governo Federal a investir no setor. De acordo com o vice-prefeito Rene Cecconello, uma definição da presidente Dilma Rousseff, no final do ano passado, foi fundamental para a retomada do debate. “Em função da falta de profissionais, médicos em especial, a presidente quer ampliar o número de vagas para, pelo menos, mais quatro mil vagas até o final de 2014, quando encerra o governo”. A partir do anúncio, o Conselho Municipal de Saúde manteve um diálogo com a região de forma a mobilizar para a instalação de um campus vocacionado para a área da saúde. O pleito uniu forças do poder público, articulando representantes do Executivo e do Legislativo das três esferas, além de associar entidades relacionadas à área, como os hospitais do município. “Embora tenha como carro chefe o curso de medicina, a ideia é que futuramente o campus abranja diferentes setores da saúde, incluindo a gestão do sistema público de saúde”, complementou Cecconello. De acordo com o Executivo municipal a expectativa é de que o anúncio sobre a ampliação dos cursos de medicina em todo país seja feito em julho. Até que se efetive, as lideranças seguem na tarefa de convencer os ministérios sobre a vinda de uma unidade para o município. De acordo com o vice-prefeito, na área de abrangência da UFFFS, que inclui quase 500 municípios situados entre norte do RS, oeste de SC e sudoeste do PR, apenas dois se encontram em condições de implantar um curso de Medicina: Passo Fundo e Chapecó.As principais forças políticas de Passo Fundo, aliadas a lideranças regionais, estão mobilizadas para a instalação de uma unidade da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) no município, com a ideia de criar um Centro Avançado de Ciências da Saúde. Uma demonstração do empenho foi dada esta semana quando uma comitiva se dirigiu a Brasília para duas audiências junto aos Ministérios da Educação e da Saúde. Para entender qual a relevância da movimentação e conhecer a instituição de ensino que pode trazer ao norte do estado o primeiro curso público de Medicina, ON entrevistou alguns dos protagonistas envolvidos no pleito.
Em 2006 foi iniciada a busca por uma universidade pública federal que viesse a atender demandas do interior dos três estados do Sul do país. Aliado a outros municípios Passo Fundo participou do processo, e trabalhou em prol da instalação mesmo não sendo contemplado diretamente. Em 2008, o Governo Federal decidiu criar a universidade, definindo Chapecó (SC) como sede. O Rio Grande do Sul foi contemplado com dois campi, em Erechim e Serro Largo. Passados mais dois anos, em 2010, a UFFS teve suas primeiras turmas. Desde a fundação, a instituição tinha a expectativa de ampliar o número de unidades o que foi confirmado recentemente. Como terceiro polo de saúde entre os estados do sul, atrás apenas de Porto Alegre e da Capital paranaense, Passo Fundo se colocou com afinco na disputa pelos novos campi. “Já temos uma estrutura de referência para a região sul”, comentou o prefeito Airton Dipp ao avaliar que o município atende a demanda não só da região, mas também do interior de SC e do PR.
Como aporte, o Município está disposto a oferecer a estrutura necessária para o início da implantação do curso. “Poderemos em uma primeira fase alugarmos dependências para as aulas e os três hospitais, São Vicente de Paulo (HSVP), da Cidade (HC) e mesmo o Municipal (HMCS), podem ser parceiros”, afirmou. Em caso de instalação, a prefeitura estuda também a doação de uma área para a construção da unidade. Dipp destaca que a metade Norte do Rio Grande do Sul não conta com uma instituição pública de ensino voltada para o setor de saúde, um fator que pode ser favorável na avaliação dos ministérios. O prefeito também frisou que não existe qualquer incompatibilidade entre a abertura de um campus da UFFS e a o curso de medicina já existente. “Seria uma incoerência das lideranças do município não buscar um campus que vem a favorecer inclusive economicamente”, disse. Atualmente o HC e o HSVP servem como hospitais escola da Universidade de Passo Fundo, o que não seria empecilho para que alunos da instituição pública também usufruam da estrutura. “Os ministros querem que aumente o número de residentes nos hospitais”, afirmou.
Ainda de acordo com o chefe do Executivo, existe uma expectativa muito forte de que Passo Fundo seja contemplado e haveria condições para instalação imediata de uma unidade. Fragilidades na área da saúde forçaram o Governo Federal a investir no setor. De acordo com o vice-prefeito Rene Cecconello, uma definição da presidente Dilma Rousseff, no final do ano passado, foi fundamental para a retomada do debate. “Em função da falta de profissionais, médicos em especial, a presidente quer ampliar o número de vagas para, pelo menos, mais quatro mil vagas até o final de 2014, quando encerra o governo