Bolivianos em SP obtêm carteira profissional e indenização de R$
25 mil
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LAURA
CAPRIGLIO DE SÃO PAULO
Eles chegaram juntos ao prédio do Ministério do Trabalho em São
Paulo, homens, mulheres, crianças e até um bebê com um mês de vida.
Não conversavam nem entre si, mantinham a cabeça baixa. Tirando as
crianças, eram 28 bolivianos considerados trabalhadores ilegais, aliciados em
La Paz para trabalhar em uma oficina de costura de fundo de quintal.
Bolivianos
resgatados recebiam R$ 1,20 por calça e só falavam entre si
Empresa afirma também ter sido vítima de exploração de bolivianos
Empresa afirma também ter sido vítima de exploração de bolivianos
Cada um saiu do ministério ontem com uma carteira de trabalho
novinha em folha e com um dinheiro inesperado no bolso --em média, R$ 25 mil.
"Ganhamos na loteria", disse um, comemorando timidamente.
Foi esse o resultado de uma ação de fiscalização realizada na
última terça-feira pelo Ministério do Trabalho, Ministério Público do Trabalho
e Receita Federal em oficinas de costura clandestinas.
Os auditores fiscais Luís Alexandre Faria e Renato Bignami
souberam que haviam pescado um peixe grande quando, ao entrar no sobrado com
grades de ferro da rua Cajuru, no Belenzinho (zona leste de São Paulo),
flagraram trabalhadores bolivianos no exato momento em que confeccionavam
roupas das marcas Emme e Luigi Bertolli.
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