Medicamento contra o câncer pode levar à cura do Alzheimer.
Testes em animais mostraram que placa que causava doença desapareceu em horas.
Quatro equipes de cientistas independentes concluíram que
um medicamento usado normalmente no combate ao câncer pode levar à redução da
placa amilóide no cérebro e contribuir para a cura do Mal de Alzheimer. Os
testes foram feitos em ratos e tiveram sucesso. A pesquisa foi publicada na
revista norte-americana Science. Porém, cientistas advertem que é necessário ter
cautela sobre os efeitos do tratamento. O estudo concluiu que ratos tratados com bexaroteno demonstravam mais rapidez e inteligência e que a placa no cérebro, que causava o Mal de Alzheimer, começava a desaparecer em horas. "Queríamos repetir o estudo para verificar o que pode ser analisado e conseguimos fazê-lo", disse o professor de neurologia da Universidade da Flórida, David Borchelt. “Mas é preciso ter certa cautela sobre o futuro no que se refere aos pacientes”, alertou. Os cientistas observaram que o medicamento funcionava incrementando os níveis da proteína apolipoproteína E (ApoE), que ajuda a eliminar a acumulação da placa amilóide no cérebro, uma característica considerada chave do Alzheimer. Surpresa com resultados O principal autor do estudo, Gary Landreth, professor no Departamento de Neurociências da Case Western Reserve University School of Medicine, não escondeu a surpresa. “Ficamos surpresos e assombrados. Isso jamais havia sido visto antes”, ressaltou. Os cientistas se dividiram em quatro grupos distintos para analisar os efeitos da aplicação do medicamento nos ratos. Um grupo notou avanços mentais nos animais. O Mal de Alzheimer é uma doença neurológica progressiva e incurável, que se manifesta geralmente com a perda da memória e de outras capacidades mentais, com o surgimento da demência até a morte. De acordo com especialistas, a doença se desenvolve atacando as células nervosas (neuronas), que morrem, e as diferentes zonas do cérebro se atrofiam. A doença afeta 36 milhões de pessoas no mundo. fonte:site Correio do Povo |
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