terça-feira, 18 de novembro de 2014

LUTA DA AMM REFERENTE AOS RESÍDUOS SÓLIDOS.

Luta da AMM continua, após veto da Presidência da República na prorrogação do prazo dos Resíduos Sólidos

Apesar do constante esforço dos prefeitos missioneiros e de outras regiões do país, das  mobilizações da Confederação dos Municípios (CNM) e da Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs), na semana passada o presidente da República em exercício, Michel Temer, vetou a prorrogação do prazo de cumprimento da Política Nacional dos Resíduos Sólidos. O artigo 107 foi incorporado ao Projeto de Lei de Conversão (PLV) 15/2014 e aprovado pelo Congresso Nacional. Ele estendia por mais quatro anos, até 2018, o período determinado na Lei 12.305/2010 para o fim dos lixões, além da adoção de uma série de novas obrigações referentes ao setor. O PLV 15, após a sanção, passou a ser a Lei 13.043/2014. Porém, alguns artigos, incluindo o 107, foram vetados integralmente.
A inclusão da emenda e aprovação no Congresso foi resultado de uma luta do movimento municipalista. O presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, lamentou o veto, pois a prorrogação representaria mais tempo para a captação de recursos e de técnicos para executar a PNRS. A legislação está em vigor e o prazo terminou em agosto deste ano. Os municípios, e até mesmo os prefeitos, mesmo sem condições financeiras, estão sujeitos a duras penas, como reclusão e altas multas, se não atenderem à Política.
Intervenção da AMM junto à bancada gaúcha
O presidente da Associação dos Municípios das Missões (AMM), Junaro Rambo Figueiredo, por várias vezes, representou a região nas mobilizações da CNM em Brasília  e buscou apoio da bancada gaúcha. “Em nome dos 26 prefeitos da AMM, telefonamos e enviamos mensagens no celular dos deputados e senadores pedindo que votassem favorável ao artigo 107, que requisitava mais quatro anos para adequação dos municípios à PNRS. Tivemos êxito, pois o pleito teve aprovação na Câmara e no Senado Federal. Da mesma forma, reivindicamos a intervenção política de toda a bancada gaúcha junto à presidente Dilma Roussef, na expectativa de que ela sancionasse a ampliação do respectivo prazo”, explicou Junaro, que também é prefeito de São Luiz Gonzaga, ao acrescentar que a Associação vai continuar firme nesta luta, unindo forças com outros gestores municipais brasileiros, e sempre contando com a ajuda da CNM e da Famurs.
Uma nova perspectiva
A partir do veto, a Confederação trabalha para que outra emenda seja incluída na Medida Provisória 656/2014, que tramita no Congresso. Desta vez, a emenda deve oferecer um prazo escalonado - quanto menor o município mais tempo ele terá para atender à PNRS.
Ziulkoski disse que os gestores municipais estão preocupados também com os recursos, já que não adianta estender o prazo se não der condições para os governos. “Esperamos que seja incluído no Orçamento do ano que vem um montante destinado aos municípios para ser usado na elaboração e execução dos planos de Resíduos Sólidos”, enfatizou o dirigente da CNM.
União dos prefeitos
Prefeito de Entre-Ijuis, José Paulo Meneghini evidenciou que “os municípios não têm apoio técnico e financeiro, e a promotoria está sempre pressionando os prefeitos na questão dos resíduos sólidos. Por isso, é fundamental a região permanecer unida nesta reivindicação por mais tempo para adequação”. Também o prefeito de São Pedro de Butiá, Henrique Herbele compartilha da mesma opinião e destaca: “o problema do lixo é bastante sério, especialmente nos pequenos municípios. Temos que somar esforços e fazer o possível para estarmos presentes na próxima mobilização da Confederação em Brasília”, ressaltou Henrique Herbele.
Por Karin Schmidt
Fonte: CNM
site AMM

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