Cerro Largo: Seminário reflete educação básica e avalia Programa de Formação Continuada
O
Seminário representou o encerramento da 1ª fase do programa
Interinstitucional de Formação Continuada dos Trabalhadores em Educação
da Região Macromissioneira – Noroeste do RS. O Programa, iniciado neste
ano, buscou articular instituições nos diferentes níveis federal,
estadual e municipal para refletir as práticas pedagógicas na educação
pública básica nesta região. Conforme afirma o coordenador, Luis
Fernando Gastaldo, professor da UFFS, esta foi uma fase de avaliação e
sistematização dos trabalhos realizados ao longo de 2014. “O grande
desafio agora é mantermos isso em andamento. Depois de todo um processo
de construção, este ano pudemos efetivar as formações, por meio dos
Grupos de Trabalho”, afirma. Gastaldo também explicou o caráter
interinstitucional que define o Programa: “não somos nós que devemos
ditar o que a escola deve fazer, os próprios professores sabem de suas
necessidades e é nisso que auxiliamos e foi dessa forma que fizemos
desde o início”.
Para José Clóvis, o
Programa é referência para outras regiões: as universidades já têm ido
às comunidades e é muito produtivo fazer essa ponte, essa integração
entre a educação básica e a universidade. “Quando a proposta surgiu, eu
disse: 'é isso que precisamos fazer'. É uma referência fantástica, é a
ideia mais importante que se viu em termos de formação nos últimos
tempos”, avalia o secretário.
Articulação interinstitucional
Para fazer a formação
continuada de cerca de 10 mil profissionais da educação (entre
professores e funcionários das escolas), de 85 municípios do Estado, é
preciso que várias instituições trabalhem juntas em prol da otimização
da educação. Coordenada pela Universidade Federal da Fronteira Sul
(UFFS) – Campus Cerro Largo, ela ainda conta com oito IES da região, que
atuam como instituições formadoras: Instituto Federal Farroupilha (IFF
dos campi Santa Rosa, Santo Ângelo e Panambi), Unijuí, URI, IESA,
Unicruz e Setrem. Para o diretor da UFFS – Campus Cerro Largo, Edemar
Rotta, esse foi um movimento significativo que representa um grande
ganho para a educação. “Além de unir os trabalhadores em educação, ele
também congregou as instituições. Só tivemos movimento similar a esse na
década de 90. Estávamos muito desarticulados em termos de participação
das IES na formação dos docentes, pois cada um fazia o seu trabalho
separadamente”, reflete Rotta.
Reconhecimento Nacional
O vice-reitor da UFFS,
Antônio Andrioli, que esteve presente no evento, informou que o Programa
representa “o maior projeto de extensão da Universidade e também o
melhor avaliado programa de formação continuada de trabalhadores do
Brasil”. Ele também ressalta o protagonismo dos professores por terem a
função de definir as estratégias, os métodos e objetivos utilizados. “É
um processo que parte da valorização do profissional docente, envolvendo
técnicos da educação e todos os profissionais que atuam no Ensino Médio
e na Escola Básica da região, trazendo o protagonismo desses
profissionais para a elaboração do próprio Programa”, informa Andrioli.
Painel de GT´s
Os
representantes dos Grupos de Trabalhos puderam relatar aos demais suas
experiências realizadas ao longo de 2014. Cada um dos GT´s foi composto
por profissionais da área temática, por um coordenador designado pelas
CRE´s e por um professor assessor de uma das IES, também vinculado à
área de interesse. Foram formados cerca de nove GT´s em cada CRE
abrangendo diferentes áreas de conhecimento: Gestão, Alfabetização e
Letramento, Seminário Integrado, Educação Profissional, Matemática,
Ciências Naturais, Ciências Humanas, Códigos e Linguagens e, por fim,
Funcionários de Escola.
No
encerramento da primeira etapa, foi entregue um documento à Secretaria
de Educação do Estado solicitando a garantia da continuidade do Programa
nos próximos anos.
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