terça-feira, 24 de março de 2015

PT, PSDB, PP , PMDB e OUTROS NO MESMO SACO.

Postado por Juremir em 22 de março de 2015 - www.correiodopovo.com
A guerra é implacável entre os partidos brasileiros. Um faz, o outro se associa e um terceiro imita.
A corrupção na Petrobras, segundo os delatores, começou no governo FHC. O PT aprimorou com ajuda do PMDB e do PP.
O PSDB inventou o mensalão em Minas Gerais em benefício de Eduardo Azeredo. O PT, com PMDB, PP e outros, aperfeiçoou e tornou federal um esquema que era estadual e ainda razoavelmente discreto, embora eficaz e predador.
A justiça de São Paulo acaba de aceitar denúncia no caso do cartel de empresas do metrô paulistano. Um enorme propinoduto prosperou ao longo dos governos tucanos. José Serra e Geraldo Alckmin tiveram tempo e condições de perceber que estava vazando dinheiro público em horta alheia. A Siemens já confessou ter participado do jogo. Foi grana alta.
Em comum, PT e PSDB tem o mesmo discurso: ninguém sabia de nada. FHC não viu a compra da emenda da sua reeleição nem a corrupção na Petrobras. Azeredo não viu o mensalão que irrigou sua campanha. Lula jamais soube de qualquer coisa. Dilma não sabe de nada. De Mario Covas a Geraldo Alckmin ninguém viu a corrupção em São Paulo. Quanta cegueira!
Nas manifestações de 15 de março, legitimamente contra a corrupção, estranhamente só a corrupção do PT era visada.
Faz algum sentido. O PT tem o poder federal.
Mas nenhum cartazinho, que eu tenha visto, contra Renan Calheiros, Eduardo Cunha, PMDB, PSDB, PP e outros.
No Rio Grande do Sul, nenhuma faixinha sobre os seis do PP presentes na lista Janot.
Dia 12 de abril haverá nova rodada de manifestações no Brasil. Os paulistas vão protestar contra a ladroagem do metrô?
Entre nós, estão todos no mesmo saco, são todos muito parecidos e ainda tentam se livrar com a mesma desculpa: é muito perigoso tratar todos os políticos como farinha do mesmo saco, pois isso põe em risco a democracia.
Tem uma solução para isso: é só os políticos não se comportarem da mesma maneira.
Por enquanto, no atacado, não tem diferença.
Só a ideologia tem feito distinções.
E a justiça. O mensalão mineiro ainda não foi julgado. A emenda da eleição de FHC nem foi investigada.
O PT diz que nos seus governos nada se engaveta e ninguém interfere no trabalho da Polícia Federal.
Os antipetistas dizem que  há nada demais nisso, que esse é o funcionamento normal das instituições, mas, na época de FHC, o Procurador-Geral da República Geraldo Brindeiro arquivava tudo. O STF atual tem maioria indicada por Lula e Dilma. Mesmo assim, botou petistas na cadeia, aliviou a situação de Eduardo Azeredo, mandando seu caso para instâncias inferiores, e segue o seu curso mostrando autonomia, acertos e erros para todos os lados e até legislando quando acha necessário.
Por trás da indignação contra a corrupção corre o ódio ao bolsa-família.
Isso, porém, não absolve o PT, que, de resto, acabou.
A senadora Marta Suplicy já o declarou morto. Vai para o PSB. O senador gaúcho Paulo Paim quer sair.
O PT deu os doces.
Só falta o atestado de óbito. Depois de tanta corrupção, já vai tarde. Pode levar os demais com ele.
Os partidos brasileiros precisam ser refundados de cabo a rabo.
Quem aceita começar?
Precisamos de reforma política radical a ser feitos pelos políticos.
Eles não podem fazê-la.

Não querem se suicidar.

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