Experimentos e pesquisas são realizadas na Área Experimental do Campus Cerro Largo
O acadêmico de Agronomia, Leandro Bridi está na 8ª fase e
em período de produção do Trabalho de Conclusão de Curso. Seu objeto de estudo é
entender em quais condições a soja é resistente e suscetível à reação à
ferrugem. Para isso, é preciso que ele plante cultivares de soja e depois faça
as análises. Leandro utilizou um pequeno espaço de terra da Área Experimental da
UFFS – Campus Cerro Largo, que possui uma área total de 7,8 hectares
cultiváveis, para fazer a semeadura das sementes de soja.
O seu trabalho é um dos 28 TCC´s do
Campus que estão desenvolvendo pesquisas nessa área e o estudante é um dos cerca
de 90 graduandos envolvidos diretamente com a Área Experimental. Esses
acadêmicos, além da Agronomia, fazem parte dos cursos de Biologia e Engenharia
Ambiental. Ainda, foram ou estão sendo conduzidas, em 2015, 12 projetos de
pesquisas.
Segundo o engenheiro agrônomo
responsável pela área, Odair José Schmitt, são diversos temas de estudo e
pesquisas que utilizam a área, como manejo da fertilidade do solo para as
culturas de mandioca, canola, milho, trigo e soja, manejo das características
físicas dos solos e seus efeitos na produção das diferentes culturas, avaliação
de mecanismos e peças de semeadoras, densidade de semeadura e arranjo de plantas
e seus efeitos sobre a produtividade das culturas, efeito do déficit e excesso
hídrico sobre a cultura do girassol, uso de diferentes cores de lâmpadas de Led
e seus efeitos sobre a produção de morangos, efeito de visita de abelhas sobre o
girassol, entre outros. “Está prevista também uma área de fruticultura e no
momento estamos em processo de aquisição das mudas. Portanto, a Área
Experimental é um espaço multifuncional e multidisciplinar”, afirma Odair.
Importância da Área Experimental
O desenvolvimento de aulas práticas e
apresentação de experimentos faz parte do projeto pedagógico de qualquer curso,
e a Área Experimental torna possível e efetivo esse momento. “É fundamental a
realização de atividades práticas em condições de campo, permitindo a formação
plena dos futuros profissionais, o que não é possível de ser alcançado apenas
com aulas teóricas e práticas em laboratórios”, explica o engenheiro agrônomo.
Os experimentos, segundo Odair, oportunizam aos acadêmicos identificarem, por
exemplo, as doenças e pragas presentes, as características de diferentes
estágios de desenvolvimento das culturas e a correta adoção de estratégias de
manejo.
Ele acrescenta
que além das atividades de pesquisa e didáticas, a área pode ser usada para a
condução de experimentos demonstrativos, com a finalidade de difundir o
conhecimento e as tecnologias desenvolvidas para a comunidade regional, por meio
da realização de “Dias de Campo”.
Investimentos
Para possibilitar os experimentos e
atender as demandas, foram adquiridos 30 implementos agrícolas, em 2015, em um
investimento que soma aproximadamente R$ 428 mil. Também foi construído um
galpão de cerca de 500 m² onde serão criados, em uma segunda etapa, diferentes
espaços para depósito de insumos, salas para aulas práticas e a realização de
oficinas de manutenção de implementos.
Demandas
A Área Experimental passou a ser
utilizada desde 2012 e há demanda pelo aumento de seu território. De acordo com
Odair, o aumento tornará possível a condução de pesquisas e avaliações por
períodos mais prolongados, “originando resultados concisos e representativos da
realidade do solo e clima regional, que são raros devido à histórica ausência de
instituições de pesquisa na região. Portanto, possibilitará o desenvolvimento de
melhorias e manejos alternativos das culturas a nível local e regional”, conclui
o profissional.
ww.uffs.edu.br
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